quarta-feira, 7 de julho de 2010

ÁS SETE

"Quão cego fui ao ver pessoas passarem por mim e não olhar nos olhos?
O quanto fui prepotente ao fugir de paixões com medo de que, lá na frente, se tornassem amor, e eu, grande idiota que sou, confundiria com sofrimento?

O quão inocente tenho sido ao (fingir?) não ver que, na verdade, ninguém se importa com poesia, sentimentos e idéias?

Sempre foi só a aparência que importou, e eu, fraco que fui, tive que andar disfarçado em certas ocasiões de gente normal.


O quanto fui idiota ao achar que podia deixar tudo pra depois, e ver o tempo passar, e só agora, ver que tudo que era 'pra depois', já ficou pra trás?


O quão fraco fui, por me magoar ao esperar grandes coisas de ditas 'grandes pessoas'?
Porém, grande era meu pensamento.
As pessoas pequenas e o que veio delas, menos ainda.


O quanto fui materialista ao preferir ter brinde do que brindar?
Ao querer ter saldo ao invés de saudar?
Ao me preocupar mais com estourar a conta do que com contar histórias?


O quanto era eu, e hoje, é você?
Ruas que eu já conhecia se tornaram labirintos, e ruas que nunca conheci se tornavam casas.
Hoje passou. Amanhã, quem sabe."

É...
É meio velho, e não foi feito falando de mim somente, por isso chama 'às sete'...
Tem seus inspiradores. Velhos moralistas safados. HAHA
Deve ser de 2009. Não datei.

Enfim.
Vou assistir meu nome não é Johnny.